Existem diversos contos e histórias que trazem nas suas palavras uma
lição de vida, uma moral. A história que se apresenta de seguida foi elaborada
por um grupo de trabalho do qual eu faço parte. O seu nome é A Melodia e retrata a história de
uma menina surda que sonha em ter amigos.
Era uma vez uma menina que se chamava
Mafalda. Ao contrário das outras crianças Mafalda era discriminada por causa da
surdez. Passava o tempo todo sozinha enquanto via os seus colegas a brincarem
no recreio.
O seu maior sonho era fazer amigos.
Na escola ela, com medo, sentava-se num canto sem falar com ninguém e ouvia a professora.
- Bom dia meninos!
- Bom dia professora! –
disseram os alunos.
- Vamos lá começar a aula –
afirmou a professora.
Entretanto chega a hora do recreio. As
amigas saem e Mafalda olha-as ao longe.
Felizes, elas
conversam entre si.
- Rita, Maria nem sabem! A
minha mãe ofereceu-me uma boneca ontem! – disse a Ana.
- Deixa ver, deixa ver… -
pediu a Rita bastante curiosa.
- É gira não é, Rita? –
perguntou a Ana.
- Oh, eu tenho uma parecida!
– disse a Maria com ar de invejosa.
De repente começou a chover e as
meninas correram para dentro da escola.
Enquanto passeavam pelo corredor
ouviram uma linda melodia. Curiosas
foram ao encontro da canção e a Maria perguntou:
- Meninas, estão a ouvir?
- Sim, Maria. Parece que
estão a tocar piano! – respondeu a Ana de imediato.
- Uau, que bonita melodia.
Vamos espreitar? – afirmou a Rita com bastante entusiasmo.
Entraram na sala e ficaram surpreendidas
ao ver Mafalda, a menina
surda, a tocar e, logo de seguida dizem boquiabertas:
- Uau!
- Não sabia que tocavas
piano! – disse a Ana curiosa.
- Mas se tu és surda, como é
que tocas? – questionou de imediato a Rita.
- Ele é o meu melhor amigo
quando me sinto sozinha. Eu toco o que sinto… - respondeu a Mafalda.
- Que espetáculo! – disse a
Maria surpreendida.
- Olha, estás sempre sozinha.
Se quiseres podes vir brincar connosco! – disse a Rita à Mafalda.
E assim, elas tornaram-se amigas e
juntas saíram da sala.
Após a leitura desta história pode-se observar que, por vezes, a discriminação ocorre mesmo em frente aos nossos olhos e nós não reparamos nessas situações. Como adultos que somos ou professores que queremos ser devemos ter em conta determinados comportamentos e saber como lidar com estes. Deste modo, esta história visa chamar a atenção que não é um problema de saúde ou, noutros casos, a cor da pele que determinam a personalidade de uma pessoa e que decidem se esta é boa ou má.
Por isso, temos de ser capazes de olhar para todos de forma igual já que pertencemos todos ao mesmo mundo, todos somos humanos e temos direitos e deveres a cumprir.
Sem comentários:
Enviar um comentário